Durante o contexto renascentista, houve uma grande divisão dentro do cristianismo, a reforma protestante. Esse movimento começou com a ideia de que a igreja havia se tornado o que não deveria ser, com bispos e papas acumulando muitas riquezas e sacerdotes sem preparo. Isso era o que John Wycliff defendia, um dos primeiros reformadores e teólogo inglês, que acabou sendo considerado herege (alguém que contraria a doutrina oficial da igreja). John Huss também foi um dos primeiros reformadores, um teólogo tcheco que atacou a corrupção e riqueza do alto clero. Por esses ataques, ele foi excomungado (expulso da igreja), preso e morto.
Podemos considerar, então, os motivos da reforma estes:
Insatisfação da nobreza: Os reis e príncipes não gostavam da influência do papa em seus reinos e dos impostos que deveriam ser pagos a ele.
Corrupção e despreparo do clero: Compra de cargos no alto clero por nobres e pouca instrução dos padres para orientar os fiéis.
Venda de indulgências e falsas relíquias: Práticas abusivas de venda de indulgência (certificado de perdão dos pecados em troca de dinheiro) e supostos objetos sagrados por parte do clero. Revoltaram alguns cristãos, que contribuíram para o surgimento de ideias e movimentos reformadores.
Na Alemanha, um monge chamado Martinho Lutero se revoltou contra a venda de indulgências e escreveu 95 teses contra tal prática e o grande poder do papa, pregando-as na igreja de sua cidade. Para muitos, esse é o marco inicial da Reforma Protestante. Lutero também traduziu a bíblia e mudou a língua das missas na Alemanha do latim para o alemão, porque pensava que todos deveriam conhecer e entender os textos sagrados. A doutrina luterana inclui os seguintes pontos: somente a fé em Deus de uma pessoa a salva, e não suas boas ações; todo cristão é capaz de interpretar a bíblia por si mesmo; a bíblia é a única fonte da verdade; o batismo e a eucaristia são os únicos sacramentos; o culto aos santos e a infalibilidade do papa não têm fundamento; e que qualquer membro da igreja pode se casar.
O aprimoramento da imprensa feito pelo alemão Johannes Gutemberg ajudou muito na difusão das ideias luteranas e Lutero acabou excomungado pelo papa, tendo que se esconder na torre de um castelo.
O francês João Calvino também foi um importante reformador. Suas ideias diferiam das luteranas no ponto da salvação. Ao contrário de Lutero, Calvino acreditava que as pessoas nada podiam fazer para alterarem seus destinos. Para ele, as pessoas já estavam predestinadas à salvação ou ao inferno antes mesmos de nascerem, a teoria da predestinação absoluta. Calvino também foi excomungado, mas conseguiu espalhar suas ideias na Suíça.
A reforma protestante logo se espalhou por toda a Europa, e os protestantes se dividiram em vários grupos, causando muitos conflitos. Na Inglaterra, por exemplo, o rei Henrique VIII se declarou chefe da igreja pelo Ato de Supremacia, rompendo com o catolicismo. Tal fato se deu pelo divórcio (proibido na igreja católica) dele com Catarina de Aragão, que (segundo ele) não conseguia lhe dar um herdeiro homem, e de seu segundo casamento. Henrique VIII foi excomungado, mas, livrando-se do catolicismo em seu território, vendeu todas as terras da igreja e parou de pagar impostos ao papa. Até hoje, o nome da igreja inglesa é Igreja Anglicana.
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Podemos considerar, então, os motivos da reforma estes:
Insatisfação da nobreza: Os reis e príncipes não gostavam da influência do papa em seus reinos e dos impostos que deveriam ser pagos a ele.
Corrupção e despreparo do clero: Compra de cargos no alto clero por nobres e pouca instrução dos padres para orientar os fiéis.
Venda de indulgências e falsas relíquias: Práticas abusivas de venda de indulgência (certificado de perdão dos pecados em troca de dinheiro) e supostos objetos sagrados por parte do clero. Revoltaram alguns cristãos, que contribuíram para o surgimento de ideias e movimentos reformadores.
Na Alemanha, um monge chamado Martinho Lutero se revoltou contra a venda de indulgências e escreveu 95 teses contra tal prática e o grande poder do papa, pregando-as na igreja de sua cidade. Para muitos, esse é o marco inicial da Reforma Protestante. Lutero também traduziu a bíblia e mudou a língua das missas na Alemanha do latim para o alemão, porque pensava que todos deveriam conhecer e entender os textos sagrados. A doutrina luterana inclui os seguintes pontos: somente a fé em Deus de uma pessoa a salva, e não suas boas ações; todo cristão é capaz de interpretar a bíblia por si mesmo; a bíblia é a única fonte da verdade; o batismo e a eucaristia são os únicos sacramentos; o culto aos santos e a infalibilidade do papa não têm fundamento; e que qualquer membro da igreja pode se casar.
O aprimoramento da imprensa feito pelo alemão Johannes Gutemberg ajudou muito na difusão das ideias luteranas e Lutero acabou excomungado pelo papa, tendo que se esconder na torre de um castelo.
O francês João Calvino também foi um importante reformador. Suas ideias diferiam das luteranas no ponto da salvação. Ao contrário de Lutero, Calvino acreditava que as pessoas nada podiam fazer para alterarem seus destinos. Para ele, as pessoas já estavam predestinadas à salvação ou ao inferno antes mesmos de nascerem, a teoria da predestinação absoluta. Calvino também foi excomungado, mas conseguiu espalhar suas ideias na Suíça.
A reforma protestante logo se espalhou por toda a Europa, e os protestantes se dividiram em vários grupos, causando muitos conflitos. Na Inglaterra, por exemplo, o rei Henrique VIII se declarou chefe da igreja pelo Ato de Supremacia, rompendo com o catolicismo. Tal fato se deu pelo divórcio (proibido na igreja católica) dele com Catarina de Aragão, que (segundo ele) não conseguia lhe dar um herdeiro homem, e de seu segundo casamento. Henrique VIII foi excomungado, mas, livrando-se do catolicismo em seu território, vendeu todas as terras da igreja e parou de pagar impostos ao papa. Até hoje, o nome da igreja inglesa é Igreja Anglicana.
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