O estudo da geografia abrange as categorias de lugar, paisagem, região e território, em diferentes escalas. Processos estudados por essa ciência podem ter abrangências locais, nacionais ou globais, dependendo quem e o que eles envolvem. Área de grande importância da geografia, a geopolítica busca utilizar esses conceitos para facilitar a compreensão das relações entre Estados. Assim, a geopolítica nos auxilia a estudar as estratégias dos países para administrar seu território e inserir-se no plano internacional, exercendo sua hegemonia. Além disso, o entendimento da motivação de conflitos e questões internacionais é alvo dos estudos geopolíticos. Tais conflitos podem ter se originado de disputas religiosas e culturais, expansão de territórios e conquista de áreas ricas em determinado recurso.
A divisão entre o mundo ocidental e oriental remete ao século IV, quando o Império Romano se separou. A oeste, o Império Romano do Ocidente, que tinha como religião o cristianismo, se desintegrou. A leste, o Império Romano do Oriente prosperou e tornou-se o Império Bizantino, tendo como religião o cristianismo ortodoxo. A partir do século XVI, a cultura ocidental foi levada às colônias europeias, na América, África, Oceania e sudeste asiático. Já o Império Bizantino foi conquistado pelo Império Otomano, que se expandiu para o Oriente Médio e Norte da África, levando a cultura e religião islâmica consigo. A partir do século XX, a globalização, aliada à expansão do capitalismo, levou a um processo de ocidentalização no mundo todo, o que ameaça os costumes e culturas orientais. Atualmente, a ideia de mundo ocidental sugere uma série de hábitos de consumo e econômicos das potências ocidentais. Deve-se compreender, portanto, a formação dos conceitos de ocidente e oriente como um longo processo histórico-geográfico.
No cenário mundial, todos os Estados buscam aumentar seu poder de influência, afirmando sua soberania e hegemonia. Os três fatores mais determinantes da influência de uma nação são: seu poderio militar, seu mercado-consumidor, investimentos e o controle de áreas, matérias-primas e fontes de energia. Assim podem se destacar potências, sejam elas de abrangência local ou global. As potências atuais são França, Rússia, Reino Unido e as duas maiores: China e EUA.
O domínio de áreas estratégicas também é fundamental para as potências. Áreas com grande quantidade de recursos naturais são muito visadas. O Oriente Médio, por exemplo, rico em petróleo (o principal recurso energético atual) sofre com grande pressão externa e conflitos pelo domínio da produção desse recurso. Importantes áreas de circulação também são muito disputadas, sobretudo as de navegação. "Rotas únicas", como os canais de Suez e do Panamá são as mais almejadas.
A diplomacia é uma ferramenta geopolítica para a resolução de conflitos através da negociação entre representantes de Estado. Ela também é exercida pelas organizações multilaterais e blocos econômicos que envolvem mais de um país e podem ter alcance mundial ou regional. Criada após a 2° Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) é a maior organização multilateral do planeta, com mais de 193 países. O conselho de segurança da ONU, composto por 15 potências, tem como principal objetivo a manutenção da paz e da segurança, através de intervenções militares ou sanções econômicas. A ACNUR também é ligada à ONU e tem como objetivo proteger e ajudar os refugiados.
Dentro do sistema capitalista, os países exercem diferentes funções, a chamada Divisão Internacional de Trabalho (DIT). Já foram usadas diferentes DITs, mas atualmente classifica-se os países em: desenvolvidos, emergentes e em desenvolvimento. Os países desenvolvidos sediam os escritórios das principais multinacionais e bolsas de valores, desenvolvem as novas tecnologias de ponta e exercem influência política, econômica, cultural e militar. Já os países em desenvolvimento fornecem matéria-prima, mão-de-obra e produtos manufaturados baratos, além de serem o mercado consumidor das potências desenvolvidas. Os países emergentes constituem um meio termo, em que podemos destacar os BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Juntos os BRICS apresentam grande desenvolvimento econômico e a maior parte da exportação de "comodities" no mercado mundial.
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A divisão entre o mundo ocidental e oriental remete ao século IV, quando o Império Romano se separou. A oeste, o Império Romano do Ocidente, que tinha como religião o cristianismo, se desintegrou. A leste, o Império Romano do Oriente prosperou e tornou-se o Império Bizantino, tendo como religião o cristianismo ortodoxo. A partir do século XVI, a cultura ocidental foi levada às colônias europeias, na América, África, Oceania e sudeste asiático. Já o Império Bizantino foi conquistado pelo Império Otomano, que se expandiu para o Oriente Médio e Norte da África, levando a cultura e religião islâmica consigo. A partir do século XX, a globalização, aliada à expansão do capitalismo, levou a um processo de ocidentalização no mundo todo, o que ameaça os costumes e culturas orientais. Atualmente, a ideia de mundo ocidental sugere uma série de hábitos de consumo e econômicos das potências ocidentais. Deve-se compreender, portanto, a formação dos conceitos de ocidente e oriente como um longo processo histórico-geográfico.
No cenário mundial, todos os Estados buscam aumentar seu poder de influência, afirmando sua soberania e hegemonia. Os três fatores mais determinantes da influência de uma nação são: seu poderio militar, seu mercado-consumidor, investimentos e o controle de áreas, matérias-primas e fontes de energia. Assim podem se destacar potências, sejam elas de abrangência local ou global. As potências atuais são França, Rússia, Reino Unido e as duas maiores: China e EUA.
O domínio de áreas estratégicas também é fundamental para as potências. Áreas com grande quantidade de recursos naturais são muito visadas. O Oriente Médio, por exemplo, rico em petróleo (o principal recurso energético atual) sofre com grande pressão externa e conflitos pelo domínio da produção desse recurso. Importantes áreas de circulação também são muito disputadas, sobretudo as de navegação. "Rotas únicas", como os canais de Suez e do Panamá são as mais almejadas.
A diplomacia é uma ferramenta geopolítica para a resolução de conflitos através da negociação entre representantes de Estado. Ela também é exercida pelas organizações multilaterais e blocos econômicos que envolvem mais de um país e podem ter alcance mundial ou regional. Criada após a 2° Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) é a maior organização multilateral do planeta, com mais de 193 países. O conselho de segurança da ONU, composto por 15 potências, tem como principal objetivo a manutenção da paz e da segurança, através de intervenções militares ou sanções econômicas. A ACNUR também é ligada à ONU e tem como objetivo proteger e ajudar os refugiados.
Dentro do sistema capitalista, os países exercem diferentes funções, a chamada Divisão Internacional de Trabalho (DIT). Já foram usadas diferentes DITs, mas atualmente classifica-se os países em: desenvolvidos, emergentes e em desenvolvimento. Os países desenvolvidos sediam os escritórios das principais multinacionais e bolsas de valores, desenvolvem as novas tecnologias de ponta e exercem influência política, econômica, cultural e militar. Já os países em desenvolvimento fornecem matéria-prima, mão-de-obra e produtos manufaturados baratos, além de serem o mercado consumidor das potências desenvolvidas. Os países emergentes constituem um meio termo, em que podemos destacar os BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Juntos os BRICS apresentam grande desenvolvimento econômico e a maior parte da exportação de "comodities" no mercado mundial.
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