A partir do século XI, o comércio permitiu a cobrança de mais impostos pelo rei, que ficou mais rico e poderoso, podendo impor mais autoridade a todos seus súditos. Esse processo ficou conhecido como o processo de formação do Estado moderno, centralizando no rei o poder que estava com senhores feudais.
Durante esse movimento, as monarquias por toda Europa receberam apoio da nobreza e dos burgueses. Os nobres viam naquele processo a chance de obter antigos privilégios, como a isenção de impostos, recebimento de pensões e ocupação de altos cargos no exército criado pelo rei. Já os ricos comerciantes percebiam a necessidade da monarquia para o sucesso de seus negócios, portanto, faziam empréstimos ou doações ao rei e ocupavam cargos na administração do reino.
Com a formação do Estado moderno na maioria da Europa, entre os séculos XVI e XVIII algumas monarquias adotaram regimes absolutistas, isto é, onde o poder do rei é absoluto e ele interfere na política, nas leis e até na religião. A reforma protestante, o aperfeiçoamento da imprensa e a política de caça às bruxas contribuíram para o estabelecimento de monarquias absolutistas. O protestantismo diminuiu ou anulou a interferência do Papa nos reinos; a imprensa facilitou a comunicação de novas leis, por exemplo; e a caça às bruxas submeteu camponeses à monarquia com o pretexto de eliminar a feitiçaria.
As monarquias absolutas eram sustentadas por algumas práticas: A existência de um exército forte e permanente; a imposição de leis favoráveis à consolidação do poder real; o apoio da nobreza e da burguesia; e a adoção de uma etiqueta rigorosa, colocando a vida do rei como parte de um espetáculo e submetendo seus súditos. Além disso, algumas teorias absolutistas contribuíram para a manutenção desse sistema de governo. Thomas Hobbes teorizou que o homem necessita de um comandante único, e por isso entregou o poder à monarquia absoluta. Já Jacques Bossuet utilizou a religião para afirmar o poder absolutista, dizendo que o poder foi concedido ao rei por Deus, então todo rei é infalível e desobedecê-lo é desobedecer a Deus, a chamada teoria do direito divino dos reis.
O mercantilismo foi um conjunto de ideias e práticas econômicas executadas pelas monarquias absolutistas. Entre elas estavam:
Metalismo: Ideia de que a quantidade de metais preciosos detentos por uma nação define sua riqueza.
Balança comercial favorável: Obtenção de lucro pela maior exportação e menor importação em um reino, ou seja, ter um saldo positivo na balança comercial.
Protecionismo: Incentivo à produção nacional e proteção dela, com aumento de impostos sobre produtos estrangeiros e diminuição de impostos sobre produtos nacionais.
Exclusivo colonial: Comércio exclusivo de colônias com suas metrópoles. Assim, as colônias eram obrigadas a vender por baixos preços para a metrópole e comprar por autos preços dela.
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